A arte de fingir .

terça-feira, 30 de novembro de 2010

A arte de fingir ;

 A solidão, a que me tira a paz e me remete à nostalgia, o tormento das minhas noites vazias, sem teu cheiro, sem tua voz. Já não mais posso delirar de amor, viver de amor, sorrir de amor, escrever de amor... Apenas chorar com a dor, a fiel companheira das lembranças, que não partiu junto às esperanças. O erro foi meu ao pensar que nunca me deixaria, e que jamais me decepcionaria. Agora fico aqui, sem ter a mínima noção de como seguir a minha vida, que sempre foi também sua. Não posso conter as lágrimas, nem quero ouvir suas palavras, pois elas são como punhais golpeando meu coração em pedaços cada vez menores. Se sou covarde ou não, de que importa? Se nunca conseguistes decifrar o meu olhar, nem reconhecestes o quão falso era meu sorriso, compreenderias minhas palavras?
Mais uma vez a noite será longa, e só conseguirei dormir quando as lágrimas adormecerem o meu rosto, e meus olhos já não suportarem ficar abertos, quando o consciente, a minha mente, aprenderem a suportar a dor. O sono, porém será conturbado, e não sonharei. Ao acordar, como de costume, fingirei, e convencerei a todos de que estou extremamente feliz, farei graça, e deles arrancarei muitos sorrisos. Assim não poderão notar que no meu olhar não há felicidade, e que a "super-garota" só existe quando está com a sua super-capa (que não passa de uma falsa fortaleza), e coloca sua máscara de sorrisos. Mal sabem eles que na noite, quando não podem me ver sem esta fantasia insana, não passo de uma menina assustada, escondendo-se em meio à cobertores e palavras, morrendo de medo do escuro.

0 comentários:

Postar um comentário